Escola Paulista de Medicina
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Relatório de convivência do Laboratório de Humanidades
Livros: Hamlet e Rei Lear - Shakespeare

Confesso que começo a escrever este relatório com dificuldades em expressar e interpretar as experiências que vivi no LabHum. Essa foi a minha primeira vez, tanto no laboratório, quanto cursando uma disciplina da área de humanas. Os outros cursos são baseados em críticas de artigos científicos, discussão de casos clínicos (...) e escrever sobre isso me parece mais fácil, analisamos parâmetros do que é certo e errado ou cientificamente falando, se é estatisticamente significante ou não.

Sou psicóloga do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP e estou fazendo meu doutorado. Para completar meus créditos estava a procura de aulas que pudessem me interessar e fazer mais sentido com o meu trabalho. As aulas oferecidas pela psiquiatria são em sua grande maioria voltadas para as chamadas “hard science”, o que me deixava um pouco por fora, pois, apesar de trabalhar com avaliação psicológica que utiliza testes e mensuração, o modo de usar esses recursos é diferente.

 

Leitura"... eu nunca havia pensado na leitura como um recurso de humanização. Pelo menos, não com esse nome, não nessa relação tão direta."

Eu sempre tive a leitura como uma das minhas atividades de lazer preferidas. De alguma forma, não sei se tão consciente, acho que desde muito nova – talvez desde criança -, eu entendo a leitura como uma forma de sair um pouco do meio desse turbilhão do mundo ao nosso redor – que incomoda. E mesmo quando a leitura me desassossega, o resultado final é alguma forma de calma e equilíbrio interior.

leitora livro 480x360Desde a minha infância, várias vezes, senti uma solidão por não pertencer. Além disso, sempre fui dada à introspecção, com tendência a criar meu próprio universo. Dentro desse meu universo próprio, muito cedo, eu encontrei refúgio na literatura, os livros sempre foram grandes amigos, transbordando magia e pertencimento.

Ao longo da minha vida, a literatura teve o poder de me transportar para um mundo à parte e os livros foram meu encontro com a lucidez, minha paz, minha resposta e minha inquietação, minha oração e as bibliotecas, o meu templo.

 

flameDiário de bordo Farenheit 451 de Ray Bradbury

por Maria Teresa Mendonça de Barros

Saio um pouco tonta e desorientada da Salamandra Vermelha, chamuscada por um último jato da grande víbora cuspindo querosene e apesar do tempo de desintoxicação que consegui ao atravessar o rio e percorrer a floresta para encontrar meu novo grupo e, quem sabe, meu novo sonho.

Ler gesta mundos, galáxias e universos nunca antes imaginados... Sim, na tua cabeça você é capaz de ter tantos universos como quiser e como quantos livros for capaz de ler. O convite para o LabHum chegou como tantos outros no Facebook, mas ligou direto com minha ratinha de biblioteca dormida desde a minha adolescência. Ela descansou bastante e acordou como sempre, inquieta e imaginativa até o céu. Ler faz isso comigo... me faz voar!!

Morar em Macondo por algum tempo, foi um encontro com nossa humanidade, não somente no sentido mais poético, mas na completude do que é ser humano com todas as nuances e contradições possíveis. Fomos tomados pela ambivalência de pertencer a essa família.

RELATO A Elegância do Ouriço

A começar pelo título, A Elegância do Ouriço, traz certa inquietação vez que o animal Ouriço não é assim nada elegante. A começar pelos espinhos que o protege. Mas o romance ficou bem adequado com esse título dado que os principais personagens Renée e Paloma se ‘protegem’ cada uma a seu modo, com suas formas de agir e ser e que nos leva do princípio ao fim a refletir sobre a vida, a convivência em sociedade, a elite, a beleza, etc.

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