Escola Paulista de Medicina
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Ler gesta mundos, galáxias e universos nunca antes imaginados... Sim, na tua cabeça você é capaz de ter tantos universos como quiser e como quantos livros for capaz de ler. O convite para o LabHum chegou como tantos outros no Facebook, mas ligou direto com minha ratinha de biblioteca dormida desde a minha adolescência. Ela descansou bastante e acordou como sempre, inquieta e imaginativa até o céu. Ler faz isso comigo... me faz voar!!

Morar em Macondo por algum tempo, foi um encontro com nossa humanidade, não somente no sentido mais poético, mas na completude do que é ser humano com todas as nuances e contradições possíveis. Fomos tomados pela ambivalência de pertencer a essa família.

RELATO A Elegância do Ouriço

A começar pelo título, A Elegância do Ouriço, traz certa inquietação vez que o animal Ouriço não é assim nada elegante. A começar pelos espinhos que o protege. Mas o romance ficou bem adequado com esse título dado que os principais personagens Renée e Paloma se ‘protegem’ cada uma a seu modo, com suas formas de agir e ser e que nos leva do princípio ao fim a refletir sobre a vida, a convivência em sociedade, a elite, a beleza, etc.

"Que o passado era mentira, que a memória não tinha caminhos de regresso, que toda primavera
antiga era irrecuperável e que o amor mais desatinado e tenaz não passava de uma verdade efêmera."
(Gabriel Garcia Marquez, em Cem anos de solidão)

A princípio a ideia de discutir um livro num grupo, como um clube do livro, parecia muito interessante. Fui apresentada nesta disciplina à literatura Russa. Bom, o primeiro contato, não me parecia muito agradável, os nomes eram terríveis de se pronunciar, ligar o apelido a personagem era uma dificuldade, lembrar de cada um e se era do bem ou do mal. Tudo muito novo. Mas será que somos do bem ou do mal?

a eleganciaAo final dos encontros no laboratório de Humanidade, posso dizer que participar deste grupo de leitura foi uma experiência foi muito prazerosa e, ao mesmo tempo, mobilizadora. Logo no primeiro dia do laboratório fui inundada por uma série de sentimentos e pensamentos, suscitados apenas pela apresentação da disciplina e pela leitura do texto sobre estética da arte. Devo destacar um trecho que acredito resuma as emoções deste dia despertadas: Licurgo fala que um dos papéis da estética artística é despertar enquanto o seu oposto é o anestesiamento.

Permitir-me ler uma indicação de leitura me fez sair da zona de conforto, a discussão estética a partir do livro resgata a necessidade de um interlocutor ouvinte e abre espaço para desenvolver o autoconhecimento. Experiência estética é formativa, criativa e cognitiva, desestabilizou meus sentimentos, e refletindo para produzir esse texto, acredito que estou vivendo de um modo diferente.

anelConheci o LabHum através de um colega que também esta fazendo doutorado no programa de pós-graduação da medicina translacional. Ele me ligou e disse: Robert, tem um tal laboratório de humanidades que são 8 créditos. Após desligar o telefone, fui correndo enviar o e-mail para o Yuri solicitando a minha inscrição.

Foi assim que me senti a todo tempo na leitura do livro “O Idiota”. Essas ondas de racionalismo, seguidas por ondas irracionais, este descontrole infernal, confesso que me inebriaram e por algumas vezes tive que deixar o PORRE passar, para ver algum sentido no que estava lendo, ajudada pela discussão da vivência dos colegas.

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