Escola Paulista de Medicina
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Por Milena de Oliveira Martins Kis

Aluna do Laboratório de Humanidades (Eletiva) do CeFFi-Unifesp (Dezembro de 2019)

“Quão perigosa é a aquisição do conhecimento e quão mais feliz é o homem que crê que sua vila natal é o mundo, do que aquele que aspira tornar-se maior do que sua natureza permite.”

Mary Shelley nomeou sua obra como ‘Frankenstein, ou o Prometeu moderno’, explicitando todo o egocentrismo de Victor ao pensar que sua ideia fixa o tornaria o benfeitor da humanidade; aquele que toma dos deuses não o fogo, mas a vida, e a devolve aos homens. Com sua ideia fixa e a ilusão de que a ciência serve tão somente aos bons fins, o cientista perde suas próprias noções de limite frente à sua necessidade de grandeza. A autora estava discutindo questões que, anos depois, veríamos explícitas: a ciência, que só promovia bons avanços, desenvolveu as bombas atômicas e as câmaras de gás, permitindo genocídios e destruições em massa.

Relato final da disciplina, por Vitor Gabriel Lopes da Silva (graduando de Medicina)

            Eu imagino que esse último mês tenha sido muito difícil para todos. Eu faço parte da representação discente no Conselho de Graduação e na representação de turma, então eu tive um mês muito estressante nesse contexto, pois tive diversas reuniões, apresentação de pesquisas sobre as condições dos estudantes para realizar atividades à distância, até que culminou na suspensão do calendário acadêmico da universidade.

por Yuri Bittar (CeHFi-Unifesp)

Sabe aquela sensação de ser a única coisa entre as pessoas e o abismo? Você quer alertar todos sobre o perigo, mas não consegue, pois está muito ocupado segurando os que estão quase caindo, você quer gritar, mas o som não sai da sua boca, porque todo seu esforço concentra-se nos braços.

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Beatriz Illanes Inácio 
História de Convivência do Laboratório de Humanidades

Conheci o Laboratório de Humanidades em 2018, porém a ideia de me separar dos livros acadêmicos e de uma teoria sólida para se sujeitar a um novo mundo que a tempos eu não sabia o que era (vulgo o mundo dos livros não acadêmicos) era para mim, de certa forma, assustadora.

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Por Yuri Bittar (coordenador do LabHum)
27/03/2020

Nestes dias estão acontecendo tantas coisas sérias, pandemia, falas estapafúrdias de autoridades, crise, e existe uma grande tensão no ar, temos medo, preocupação, e parece que precisamos decidir, julgar. Algumas pessoas correm para o mercado para fazer estoque de alimentos, pré-vivendo tempos piores. Acho que se preocupar com o futuro e agir antecipadamente é normal e útil, mas será que devemos agir assim sempre? Será que sempre nos cabe esse peso de julgar?

Relatório de convivência do Laboratório de Humanidades
Livros: Hamlet e Rei Lear - Shakespeare

Confesso que começo a escrever este relatório com dificuldades em expressar e interpretar as experiências que vivi no LabHum. Essa foi a minha primeira vez, tanto no laboratório, quanto cursando uma disciplina da área de humanas. Os outros cursos são baseados em críticas de artigos científicos, discussão de casos clínicos (...) e escrever sobre isso me parece mais fácil, analisamos parâmetros do que é certo e errado ou cientificamente falando, se é estatisticamente significante ou não.

Sou psicóloga do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP e estou fazendo meu doutorado. Para completar meus créditos estava a procura de aulas que pudessem me interessar e fazer mais sentido com o meu trabalho. As aulas oferecidas pela psiquiatria são em sua grande maioria voltadas para as chamadas “hard science”, o que me deixava um pouco por fora, pois, apesar de trabalhar com avaliação psicológica que utiliza testes e mensuração, o modo de usar esses recursos é diferente.

 

Leitura"... eu nunca havia pensado na leitura como um recurso de humanização. Pelo menos, não com esse nome, não nessa relação tão direta."

Eu sempre tive a leitura como uma das minhas atividades de lazer preferidas. De alguma forma, não sei se tão consciente, acho que desde muito nova – talvez desde criança -, eu entendo a leitura como uma forma de sair um pouco do meio desse turbilhão do mundo ao nosso redor – que incomoda. E mesmo quando a leitura me desassossega, o resultado final é alguma forma de calma e equilíbrio interior.

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