Por Milena de Oliveira Martins Kis
Aluna do Laboratório de Humanidades (Eletiva) do CeFFi-Unifesp (Dezembro de 2019)
“Quão perigosa é a aquisição do conhecimento e quão mais feliz é o homem que crê que sua vila natal é o mundo, do que aquele que aspira tornar-se maior do que sua natureza permite.”
Mary Shelley nomeou sua obra como ‘Frankenstein, ou o Prometeu moderno’, explicitando todo o egocentrismo de Victor ao pensar que sua ideia fixa o tornaria o benfeitor da humanidade; aquele que toma dos deuses não o fogo, mas a vida, e a devolve aos homens. Com sua ideia fixa e a ilusão de que a ciência serve tão somente aos bons fins, o cientista perde suas próprias noções de limite frente à sua necessidade de grandeza. A autora estava discutindo questões que, anos depois, veríamos explícitas: a ciência, que só promovia bons avanços, desenvolveu as bombas atômicas e as câmaras de gás, permitindo genocídios e destruições em massa.
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