LabHum2024cA minha experiência de compartilhar estes dois livros com o grupo foi muito enriquecedora. Quero, em primeiro lugar, agradecer a todos, a disponibilidade, o interesse, a presença e a iniciativa em criar e manter um espaço para trocar experiências de leitura. Agradeço à Letícia e ao Yuri que regeram com maestria nosso grupo.

LabHum2024cNas últimas semanas o encontro do LabHum no primeiro semestre de 2024 foram motivados por duas obras bem peculiares. A primeira delas, Antígona, escrita há aproximadamente 2500 anos, trouxe temas e personagens que flertam intimamente com a atualidade, e em poucas palavras traz em pauta discussões atuais e calorosas como autocracia, o valor dos ritos, coragem e morte. A personagem Antígona, convicta, impetuosa, dividiu opiniões quanto a sua atitude de dar a própria vida na defesa de um enterro digno ao irmão, considerado traidor pelo governante e tio, Creonte. A segunda obra, O Estrangeiro, em contrapartida, trouxe um personagem, Meursault, que não parecia muito convicto quanto as possibilidades de escolha que apareciam diante do seu destino. Quase apático, Meursault provocou emoções positivas e negativas no grupo, suficientes para discussões minimamente inflamadas em defesa do ponto de vista de cada leitor.

a baladaOs encontros no laboratório de humanidades foram uma feliz surpresa, com a presença das alunas/participantes e dos professores Rafael e Yuri. A escolha do livro me surpreendeu, mergulhei num livro sobre ética, sendo um tema que eu não acreditaria que me prenderia se me falassem sobre o que tratava. Acredito que o que me prendeu nesse livro foi a tratativa sobre o tema ética diante da vida pessoal da Fiona, momento ainda que a mesma estava passando por turbulências pessoais, e sempre profissionais, sendo a mesma juíza na Vara da Família.

A dinâmica das aulas me chamou imediatamente a atenção, isto porque na minha opinião, não há nada mais humano e inclusive pertinente pensando numa matéria chamada Laboratório de Humanidades, discutirmos o tema numa roda, onde todos possam se enxergar e debater o livro incluindo suas experiências pessoais, muitas delas no âmbito profissional, mas inclusive no âmbito pessoal e social. Acredito que ser uma matéria presencial deu um toque especial para nós que estamos há anos numa pandemia, onde a tela tornou nossa realidade virtual.

Por Yasmim do Nascimento Furtado
Eletiva Laboratório de Humanidades (2023/2)

A leitura desse livro me fez refletir sobre a vida como um todo, me causando um misto de emoções. Percebi que precisava repensar sobre a forma que julgo as pessoas, pois o começo do livro causa uma sensação de que todos são ruins, a esposa é interesseira, o Ivan é tão ruim que ninguém se abalou com sua morte e por aí vai. Entretanto, é possível perceber que tinha muito mais coisas envolvidas do que aquele pedacinho mostrado, precisamos nos colocar no lugar do outro, conversar com as pessoas e conhecê-las verdadeiramente.

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