Quando comecei a lei a Odisséia, de imediato pensei na minha história e não podia ser diferente.
Escola Paulista de Medicina
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Quando comecei a lei a Odisséia, de imediato pensei na minha história e não podia ser diferente.
Venci a minha guerra de Tróia. No embate fui meu próprio cavalo de pau. Arranquei das entranhas arsenais que eu nunca imaginara. Armaduras de ferro, lanças pontiagudas, venenos. Exército sanguinolento eu fui.
Estes dois textos foram produzidos por alunas do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco. São testemunhos resultantes da experiência do Laboratório de Humanidades aplicados naquela universidade pela Profa. Rozélia, participante do LabHum-UNIFESP
Certa vez, um erudito resolveu fazer ironia comigo e perguntou-me: “O que é que você leu?” Respondi: “Dostoievski.” Ele queria me atirar na cara os seus quarenta mil volumes. Insistiu: “Que mais?” E eu: “Dostoievski.” Teimou: “Só?” Repeti: “Dostoievski.”
O Sonho de um Homem Ridículo, Os Demônios, A Morte de Ivan Ilitch. Passei os últimos três meses assim, entre Fiódor Dostoiévski e Lev Tolstói. Roleta russa, montanha russa, com a alma russa. Ou seja, meio que ajoelhado, um tanto espremido, na porta estreita de regiões abissais.
Reflexões do Monitor - Por Yuri Bittar
O Laboratório de Humanidades é um "curso" muito especial, com participantes incríveis! Aqui se aplica um conceito de ensino-aprendizagem totalmente inovador, usando a literatura e a discussão livre como fatores e uma formação humanista e humanizada.
Reflexões do Monitor - Por Yuri Bittar
Buscando visões externas sobre o LabHum procurei ter um referencial sobre a importância da atividade e portanto da importância desta ser estudada. Fiz essa avaliação sob diferentes aspectos e para ter uma idéia da visão dos próprios participantes solicitei a eles, via grupo de discussão, que respondessem a questão “Qual é, para você, a importância do Laboratório de Humanidades?”.
Nietzsche escreveu que nenhuma ideia seria suficientemente confiável se não concebida durante longa caminhada. É que o filósofo romântico prezava o vigor, a potência, embora ele mesmo tivesse uma saúde frágil. E dizem que Nietzsche admirou, até o fim, Montaigne e Goethe, grandes sensuais que não temiam o pecado.
No “Laboratório de Humanidades” estamos terminando o ciclo Macbeth. Depois da trilogia “O Senhor dos Anéis” veio Shakespeare a me reconciliar com a concepção trágica da vida. Tragédia vem do grego “tragos” e significa bode, ou seja, viver a tragédia é estar no lugar do bode a caminho do sacrifício
Escrito por Yuri Bittar, monitor do LabHum, com reflexões de todo o Laboratório de Humanidades
Lendo “Alice no País das Maravilhas” percebi que Lewis Caroll não falava de um lugar imaginário, mas na verdade se referia à sociedade em que vivia. Recorrendo a alegorias, ele foi a fundo na dificuldade que as pessoas parecem ter em entender umas às outras.
Reflexão de Yuri Bittar (monitor)
Amigos leitores. Participo de um grupo genial chamado “Laboratório de Humanidades” na UNIFESP. Este é um grupo que se reúne semanalmente para discutir a leitura de livros. O incrível é esse trabalho ser realizado em um campus tipicamente da área da saúde, e termos um grupo muito heterogêneo, que vai desde historiadores até médicos, passando por docentes, profissionais e alunos.