Reflexões do Monitor - Por Yuri Bittar
Buscando visões externas sobre o LabHum procurei ter um referencial sobre a importância da atividade e portanto da importância desta ser estudada. Fiz essa avaliação sob diferentes aspectos e para ter uma idéia da visão dos próprios participantes solicitei a eles, via grupo de discussão, que respondessem a questão “Qual é, para você, a importância do Laboratório de Humanidades?”.
Leia abaixo algumas respostas:
• Para mim, uma oportunidade de abrir horizontes intelectuais, afetivos e sociais - aliás, para mim, horizontes sociais e afetivos são sinônimos. Faltavam-me meios de ampliar o horizonte intelectual, e o LabHum me ofereceu isto.
Ambiente: Os participantes têm o humor fino da inteligência aguçada. Suas observações são pertinentes e profundas.
Direção: O Prof. Dante é um humanista e grande ser humano, se é que se pode dizer ou definir, ou mesmo encontrar tal faculdade nos seres humanos, hoje!!
Material: A escolha dos livros é sensível e direta no alcance da discussão de valores humanos fundamentais.
Enfim, o LabHum é um espaço de inteligência e sensibilidade, que faltava totalmente em minha vida desde minha adolescência no curso Clássico do Colégio de Aplicação da Faculdade de Pedagogia da USP (anos 62 a 65) onde o fulcro da educação era o aguçamento da faculdade crítica. O programa pedagógico era articulado pela Profa. Dra. Maria de Lourdes Gianotti, a querida Dilu do Departamento de História da USP. que também foi professora do Dante. Será apenas alguma coincidência o fato de Dante ter se dedicado a uma tarefa tão brilhante como o faz, e da forma como o faz? Pergunta em aberto...
Esse espaço se perdeu na vida atual, creio eu, e é uma jóia rara poder participar dele. Reverencio e sou muito agradecida muito ao Dante ter permitido a mim e ao grupo social essa abertura e oportunidade ao nosso convívio. Isto Yuri, quando uma oportunidade dessas é aberta, ela tem reflexos sobre todo o entorno social, afetivo e intelectual da coletividade, e a tendência é que esses reflexos se ampliem, cada vez mais, em seu vetor de melhoria do mundo.
Obrigada por seu trabalho, Yuri, e muito sucesso em seu esforço e trabalho construtivos, puros, dignos.
E.C.H.
• Para mim, o Laboratório de Humanidades é um lugar de "formação" de inquietos, um lugar de desadequação.
T.G.B.
• É muito bom ver um laboratório cujas "cobaias" são as próprias pessoas. Só que ele atua ao contrário: faz com que nos auto-experimentemos, nos descubramos, descubramos as outras pessoas, identifiquemos, o que nos une o que nos distancia, nos diferencia, nos iguala e tantas outras coisas....
O LabHum me mostrou a tolice que fiz algum tempo atrás: fazer arte-terapia porque começaram (na universidade de Pernambuco) a me fazer crer que eu era doida por fugir ao modelo que ela impunha. È claro que não continuei né?
Em 2007, conheci o Prof. Dante em um evento da UNIFESP. Tão suave. E passei a "seguí-lo", que nem se faz hoje no Twitter. Então vi que eu não era louca coisíssima alguma. eu era feliz e não sabia. O que estavam querendo era "me enquadrar".
Depois conheci o Prof. Rafael: de início, ele me intimidou. Ele tem uma aura de poder que, talvez, nem perceba. É desafiadora por ser intimidante. Sabe o que aprendi com isto? Esperneie, resista aos enquadramentos ou pereça. Com o tempo, vi que, de perto, ele é normal. E ele estimula, na gente, esse sentimento.
Eles dois são meio assim: o coração que também raciocina. O balanço entre os dois é o ideal.
acho que é isso, deu pra sacar alguma coisa?
R.B.
• O laboratório de humanidades se tornou uma parte muito especial da minha vida, nunca imaginei que fosse gostar tanto de uma "disciplina de mestrado" como esta. Provavelmente, por eu não conseguir considerar uma disciplina, não que eu não aprenda nada, acho que é o lugar que mais aprendo, mas por não ter as características básicas de aula.
Não existe cobrança e nem disputa (entre aluno e aluno e/ou aluno e professor), posso ser eu mesma, falar o que penso....pena que só descobri agora, mas ainda bem que eu descobri vcs!
E hoje tenho a consciência de que não sou mais um peixinho fora d'água nessa universidade.
M.J.
• Minha resposta vai parecer lugar-comum dentro de todo o repertório do qual falamos nos e dos encontros de sexta-feira. Mas, sinceramente, o Laboratório de Humanidades foi o remédio que eu estava à procura, no momento em que eu mais precisei. Todavia, ele continua sendo necessário. Provavelmente, porque não é que eu seja ou esteja doente, mas porque é algo do qual a minha existência humana não consegue viver sem: a experiência de ser o humano ou, de como ouvimos sexta-feira passada, de sermos redundantes.
Foi revivendo leituras, e das leituras revivendo experiências da vida que já passou, ou experimentando coisas novas para o hoje e o amanhã que vivo a redundância de ser eu mesma e de ser o outro.
Esta identificação e/ou contraste comigo mesma e com o outro que me é tão necessária é o que de tão importante o Laboratório de Humanidades me deu e que o faz especial pra mim.
S.S.
• Quis participar do laboratório desde 2006, quando ingressei na Unifesp, pela proposta de leitura de clássicos da literatura na hora do almoço.
Mas, vindo para o Campus Guarulhos, iniciando expediente às 13 horas, não foi possível.
Felizmente o laboratório continuou, cresceu e hoje tem, até, o "Blog do LabHum"; e hoje ainda posso participar.
Parabéns pelo LabHum!
M.O.
• O Laboratório é um lugar que cuida da alma. Representa para mim um momento de deleite, de prazer, de encontro. É um grupo sério sem ser carrancudo; ousado sem ser pretensioso; constituído por pessoas divertidas, emocionadas e emocionantes!!!!!
C.
• Eu trabalho num depto administrativo do HSP há 12 anos e já tinha ouvido falar no Laboratório, mas foi somente este semestre que resolvi entrar e acho que foi umas das melhores coisas que me aconteceram este ano. Mudei muito a minha forma de lidar com os livros e isso foi muito rápido a meu ver. Sempre gostei muito de livros mas não conseguia ter ritmo de leitura. Agora que existe um grupo muito acolhedor, ler e compartilhar traz muita satisfação. Tanto isto é verdade que já estou lendo até outros livros, simultaneamente...
E sabe o que mais: acho que minha última desculpa para "adiar" o mestrado perdeu o sentido. Já estou começando a pensar por onde devo começar...
Enfim, tive que faltar na última aula, e agora vem o feriado, já estou com muita saudade, ainda bem que temos este espaço aqui...
L.N.
• O laboratório é um lugar de construção e "des-construção" de sentimentos. Nunca imaginei que poderia encontrar um lugar como esse aqui na UNIFESP, ainda bem que não perdi a esperança e achei...
I.O.A.
• Em poucas palavras posso dizer que o LabHum representa um local em que não nos sentimos sós, onde podemos compartilhar nossas idéias com simplicidade e sem medo de críticas ou julgamentos. Trata-se de um espaço em que realmente podemos aprender o que significa Humanismo na prática, onde nossos dilemas do dia-a-dia adquirem significado.
M.A.C.B.
• O LabHum é um local, e um tempo, onde podemos exercitar nossa humanidade ( nossa força, nossa fragilidade, etc...), sentindo-nos acolhidos e respeitados. Podemos ouvir o outro e, às vezes ( muitas vezes), nos identificamos com ele e, em outros momentos, através da fala do outro, fazemos novas descobertas. Algo sempre acontece, em mim, nos nossos encontros semanais: algum movimento "interno", alguma nova idéia. É uma sensação de bem estar geral.
M.C.J.M.
• O Laboratório de Humanidades para mim é um espaço (físico, mental, emocional e todos estes juntos, enfim... que me anima a viver as minhas idéias com alguma tranquilidade, embora fazendo muita força para sobreviver em decorrência delas próprias.
E.A.S.
• Para mim o Laboratório de Humanidades é um espaço de auto conhecimento. Lá é onde podemos entrar em contato intimo com elementos essenciais formadores de nossa personalidade (entre outras coisas). Para mim, esta funcionando como terapia uma vez que, sempre procuro em mim mesmo, todos os defeitos e virtudes levantados nas discussões. É simplesmente MARAVILHOSO!
C.V.
• O laboratório de humanidades é muito mais que um laboratório é um encontro comigo mesma, uma lição de vida, lá temos a oportunidade de conhecer pessoas, discutir o que quisermos não tem protocolo a ser seguido é uma coisa livre. Eu adoro o laboratório de humanidades, as vezes é complicado ir parece que aparecem coisas para fazer bem na hora que eu estou saindo, mas o meu compromisso com o laboratorio de humanidades é muito mais importante.
R.S.S.