Laboratório de Humanidades (Projeto de extensão)

A partir da leitura e discussão de obras clássicas da literatura, o Laboratório de Humanidades visa promover uma abertura para a dimensão humanística do conhecimento, entendendo as humanidades e, em especial a literatura, como meio de humanização no âmbito da pesquisa e da prática profissional em saúde.

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Sobre: 

Em 2003 iniciamos com um pequeno grupo de alunos do curso médico da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, uma atividade extra-curricular cujo objetivo era ler e discutir textos de história e filosofia. Na verdade, tal iniciativa partiu dos próprios alunos que, ao encerrarem a disciplina eletiva de História da Medicina, toda ela estruturada a partir da leitura e discussão de textos clássicos do tema – entre Hipócrates, Galeno, Paracelso, Harvey – exigiram um espaço para continuarem esta experiência para além dos limites curriculares. Alegavam para tanto não só a carência de leituras como estas em seu currículo, extremamente técnico, como a percepção do efeito formativo e “quase terapêutico” de uma experiência no mínimo inusitada no contexto universitário. Foi assim que nasceu o Laboratório de Humanidades (LabHum) do Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde (CeHFi) da Unifesp.

Com o tempo, o grupo foi crescendo e a sua dinâmica amadurecendo. De textos clássicos da medicina passamos a clássicos da filosofia até chegarmos aos clássicos da literatura. A experiência da leitura, discussão e compartilhamento de sentimentos, impressões e idéias suscitadas pelas obras literárias entre o nosso público – formado agora não apenas por estudantes de medicina, mas também por graduandos de outros cursos da área da saúde, de pós-graduandos e até por docentes e funcionários da Unifesp – mostrou, de forma patente, o quanto as humanidades podem ser um efetivo meio de humanização.
Trabalhando com um grupo cada vez mais heterogêneo em termos de idades e interesses, ainda que identificado com o campo das ciências da saúde, logo percebemos que a dinâmica deveria girar em torno do compartilhamento de experiências. Não há, portanto, uma preocupação, por parte da coordenação do Laboratório, quanto a abordagens acadêmicas características da crítica literária ou das ciências humanas em geral. A cada início de ciclo, quando se começa a discutir uma obra que todos já tiveram a oportunidade de ler, os coordenadores convidam a cada um dos participantes do grupo a fazerem a sua história de leitura, ou seja, falar sobre as emoções, sentimentos, afetos, impressões que a leitura da obra suscitou. Posteriormente suscita-se também o levantamento do conjunto de idéias mais representativas que serão, ao longo do ciclo de discussão – que em geral duram de 5 a 6 encontros e que se realizam uma vez por semana – retomadas e debatidas.

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