The freedom to (self) narrate in teaching medical semiology
ENSAIO • Rev. bras. educ. med. 46 (03) • 2022 • https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.3-20210094
Autores:
Iêda Maria Barbosa Aleluia
Dante Marcello Claramonte Gallian
Simeão Donizeti Sass
Resumo:
Introdução:
Ao escrever sobre o ensino de semiologia, escrevo sobre histórias, imagens, signos e símbolos; sobre percepções, interpretações, encontros e desencontros. É a história do outro que se entrelaça com a minha, pois, ao ouvir, ver e examinar um paciente, vou além do que é aprendido nos livros de medicina. Neste artigo, falo de uma insurreição contra essa ditadura técnico-cognitiva no ensino da semiologia.
Desenvolvimento:
A anamnese médica é o relato da história do paciente, além de conter a descrição do exame físico realizado. Basicamente, é o resumo do encontro clínico, que vai guiar o caminho do médico na sua formulação diagnóstica e no planejamento dos cuidados necessários para cada paciente, e é ensinada de forma metódica e rígida, sem considerar a “história” da pessoa que conta, e sim a doença que ela tem. A abordagem deste trabalho é qualitativa, e adotou-se o método da cartografia, que se associa bem com a fenomenologia e permite acompanhar o meu percurso nesta narrativa. É o meu percurso como professora de semiologia médica que trago neste artigo, como material de estudo. Vou dividir essa trajetória da docência em três momentos (“O começo”, “O ‘divisor de águas’” e “Redescoberta”).
Conclusão:
A inserção das humanidades e das narrativas no curso de Medicina traz uma reflexão fundamental e necessária sobre o fazer médico e o próprio ensino na saúde. Usar o método da cartografia e as reflexões surgidas nesse caminhar pode contribuir para uma formação docente mais humanizada, com uma visão mais ampla da saúde e do ensino na saúde.
Palavras-chave:
Educação Médica; Medicina Narrativa; Anamnese; Ensino
Abstract:
Introduction:
When writing about teaching semiology/clinical skills, I write about stories, images, signs and symbols; about perceptions, interpretations, encounters and mismatches. It is the other’s story that intertwines with mine, because when listening, seeing, examining a patient, one goes beyond what is learned in medical books. In this paper, I talk about an insurrection against this technical cognitive dictatorship in the teaching of semiology.
Development:
Medical anamnesis is the reporting of the patient’s history, in addition to the description of the physical examination performed. Basically, it is a summary of the clinical encounter, which will guide the doctor’s path in his diagnostic formulation and planning of the necessary care for each patient. Moreover, it is taught in a methodical and rigid manner, without taking into account the “story” of those who tell it, but rather of the disease that the patient is carrying. This qualitative approach involved the method of cartography, which is tightly associated with phenomenology; it allows me to follow my path in this narrative. It is my journey, as a professor of clinical skills, that I bring here as study material. I divide this trajectory of teaching into three moments (the beginning, the watershed and rediscovery).
Final considerations:
The inclusion of humanities, narratives, in the medical course, brings a fundamental and necessary reflection on medical practice, and on health education itself. Using the cartography method and the reflections that emerged along this path can contribute to a more humanized teacher education, with a broader view of health, and of teaching in health.
Key words:
Medical Education; Medicine Narrative; Medical History Taking; Teaching
Artigo completo: https://www.scielo.br/j/rbem/a/KYfBtYZv6MxNVSsPNqzqtjD/
COMO CITAR
Aleluia, Iêda Maria Barbosa, Gallian, Dante Marcello Claramonte e Sass, Simeão DonizetiA liberdade de (se) narrar no ensino da semiologia médica. Revista Brasileira de Educação Médica [online]. 2022, v. 46, n. 03 [Acessado 26 Julho 2022] , e095. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.3-20210094>. Epub 22 Jul 2022. ISSN 1981-5271. https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.3-20210094.