Carreguei o livro por muitos dias e não consegui iniciar a leitura. Deixei para iniciar a leitura depois do primeiro encontro, quando muitas pessoas falaram que a mãe do Augusto tinha criado um homem mimado, sem expectativas, eu fiquei com receio de ler. Tenho só uma filha e a ideia de que a mãe “estragou” o filho me assustou. Fiquei refletindo sobre meu modo de educar minha filha.
Iniciei a leitura com receio do que iria encontrar. Gostei do que li, não acho que a mãe foi culpada do Augusto ser uma “banana”, não tinha iniciativa, não trabalhava. Só comia e dormia. Quando encontrou o seu amor, a Eugênia, ele achou que podia tudo. Ele pegou o caminho mais rápido, quis comprar o amor de Eugênia. Eugênia era uma mulher muito moderna para aquele tempo, tinha consciência que para sobreviver e ter sua independência ela tinha que ser professora de música mesmo não gostando. Achei ótimo que ele quis ser esperto e acabou sendo vencido pela malandragem de Eugênia e seu amante. Senti falta de saber mais sobre a Eugênia, com certeza a história de vida dela seria muito interessante.
Fiquei refletindo sobre a amizade quando lia sobre a amizade de Eugênio com o Vitor; sobre o casamento quando li sobre o casamento entre quatro pessoas. da relação de Augusto com seus empregados. Não cheguei a uma conclusão, só achei que estes relacionamentos estão muito distantes de mim.
Gostei muito do amor do Augusto pelo seu cachorro. Me lembrei do meu pai. Ele tinha um cachorro chamado “Chefe”, os dois eram muito amigos. O Chefe não saia de perto do meu pai, vivia tranquilamente entre os moradores da casa. Quando meu pai morreu, o chefe ficou muito bravo e fugiu de casa. Nunca mais o vimos. Acho que ele foi embora por não ter mais seu amigo. Atitude semelhante a atitude do cachorro do Augusto. Bonito a lealdade dos animais.
Para mim, o diálogo de Augusto com o autor foi muito fora da realidade, sem pé nem cabeça.
O fato do Augusto ter se “suicidado” com comida só confirmou o fato dele ser covarde, de não ser capaz de lidar com as perdas. Acho que nem na hora da morte ele foi capaz de tomar uma decisão. Augusto vivia em meio a NEVOA.
Gostei do livro, só não gostei da parte do diálogo do autor com Augusto. Descobri depois que, quem criou a palavra NIVOLA foi Unamuno.
LABORATÓRIO DE HUMANIDADES
ALUNA: NELMA LOURENÇO DE MATOS CRUZ
TEMA: EM MEIO À NÉVOA, O HUMANO
LIVRO: NÉVOA AUTOR: UNAMUNO