Ainda que a modernidade tente nos convencer de que é possível sermos felizes o tempo todo, a verdade que se impõe é que, embora tenhamos esse desejo, somos inevitavelmente surpreendidos por nossas limitações, pelo mal, pela doença e, inexoravelmente, pela morte. Diante dessa constatação, desde sempre, o homem buscou uma relação com algo ou um Outro transcendente, a fim de vislumbrar algum sentido diante do que, para ele, não tem sentido. As Ciências da Saúde, apesar do termo Saúde remeter ao bem estar, estão, necessariamente, ligadas às situações de doença, sofrimento e morte, do que surge a pergunta acerca de que Espiritualidade, se houver, poderia ajudar àqueles que são assistidos e aos que assistem a encontrar sentido no sofrimento e razões para viver, ainda que cientes de que pereceremos.
Docente Responsável: Viviane Cristina Cândido
Docente convidada: Nádia Vieira
Departamento / Disciplina: CeHFi
2019/1º sem.
Inscrições: via sistema de Eletivas da EPM
Objetivos Gerais
Proporcionar ao aluno subsídios filosóficos para a reflexão acerca da temática Espiritualidade e Saúde, capaz de orientar e alicerçar uma prática profissional relacional, atenta às singularidades.
Objetivos Específicos
1. Apresentar o problema filosófico da Condição Humana e suas implicações na compreensão do termo Humanização, em geral e, especificamente, nas Ciências da Saúde.
2. Considerando a história da humanidade e do pensamento, evidenciar as aproximações e distanciamentos entre Filosofia, Espiritualidade e Saúde.
3. Diferenciar conceitualmente, a partir das experiências dos próprios alunos, Instituição Religiosa, Religião, Experiência Religiosa, Religiosidade e Espiritualidade.
4. Evidenciar como a condição humana se reflete nas práticas religiosas e que compreensão de Espiritualidade seria capaz de alicerçar uma nova prática nas Ciências da Saúde.
5. Vislumbrar uma prática humanizada do profissional de saúde e que considere a Espiritualidade.
Carga horária: 18(T) (P)
Bibliografia
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia: as escolas helenísticas. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
FOUCAULT, Michel. A hermenêutica do sujeito: curso dado no Collège de France (1981-1982). Tradução de Márcio Alves da Fonseca e Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
KOENIG, Harold G. Medicina, Religião e Saúde. Tradução de Iuri Abreu.O encontro da Ciência e da Espiritualidade. Porto Alegre: L&PM, 2015.
KREEFT, Peter. Buscar sentido no sofrimento. Tradução de Alexandre Patriarca. São Paulo: Edições Loyola, 1995.
LAGRÉE, Jacqueline. O médico, o doente e o filósofo. Tradução de Germano Cleto. Coimbra: Gráfica de Coimbra, 2002.
Metodologia
Aulas com a participação dos alunos divididas entre exposições, reflexões em duplas e grupos, referência e discussão de filmes, obras literárias e textos filosóficos e da saúde.
Tipos de Atividades: Teórica, Seminários, Outros
Vagas: Número de Vagas Mínimas: 5 / Número de Vagas Máximas: 25
Série (s) e Curso (s) aceitos Todos
Tipo de Avaliação:
Relatório
Programação e Detalhamento das Atividades :
Programação: Aula 01 Uma Filosofia para a humanização das Ciências da Saúde.
Programação: Aula 02 A Filosofia como terapia da alma.
Programação: Aula 03 Instituição versus experiência religiosa – uma forma de compreender o humano dentro da religião.
Programação: Aula 04 .A condição humana e suas implicações na prática religiosa e/ou que considere a religião ou a Espiritualidade.
Programação: Aula 05 Práticas em saúde que tematizem a Espiritualidade – consideração de casos concretos.